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O fracasso do liberalismo financeiro Há muitas maneiras de fracassar. Depois do fracasso do socialismo real, veio o fracasso do liberalismo financeiro. De um lado, bilionários na Suíça, tomando champagne escondidos… Do outro, barbudos raivosos comendo no McDonalds e berrando: “Viram? Bem que nós dizíamos…”. A crise fortalece o esquematismo, a radicalização fácil: viva
Bolívar, viva Stalin…. Mas a boa noticia é que ficou claro que o capital tem de ser regulado por um estado sensato, como teorizou o grande economista Keynes. Mas poder político em geral emana do poder econômico. Como os rapazes
de Wall Street limitariam seus próprios lucros? Hoje, há questões onde ninguém tem razão. A razão fica oculta no miolo, entre causas humanas e desumanas, incontroláveis. Mas todo mundo quer certezas… Assim, de um lado temos a hipocrisia de Davos, do outro o radicalismo tosco em Belém. Por isso, como explicar a frase profunda da keynesiana Joan Robinson: “Pior que viver num país explorado pelo capitalismo é viver num país não explorado pelo capitalismo”. Arnaldo Jabor
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